Quase um retrato
Tudo o que eu sei é que se esbarraram no meio da avenida, num dia claro de Abril, olharam-se por 3 segundos, continuaram suas vidas.
Ele, um jovem negro, com a testa suada, uns óculos vencidos e olhos baixos, como se fosse daquele tipo de gente que sempre pede desculpa.
O outro, senhor de idade, com a pele bronzeada pelo sol, camisa de botão aberta mostrando os pelos, tinha as mãos sujas de cimento e uma cara de cabra da peste.
Não me atrevo a dizer os seus nomes.
Tudo o que eu sei é que se olharam como se dissessem: "Ei, vamos trocar de vida?"
Ah! Como o mundo é pequeno para os de coração cansado!
LER AO SOM DE: MASCARADOS - RUBEL
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Marcadores
- Contos (13)
- Crônica (6)
- Especial (12)
- Filmes (1)
- Música (11)
- Opinião (1)
- Os Sinceros (1)
- Pensamentos (58)
- Poesia/Poema (11)
- Política (4)
- Prosa Poética (2)
- Série (1)
- Teologia (2)
- Tradução (1)
Thaínes Recila. Tecnologia do Blogger.
0 comentários:
Postar um comentário