"Cada Zé é um Ulisses, e cada vida uma Odisseia" - Eliane Brum
Acho que já comentei bastante pelo Facebook sobre esse livro (A Vida Que Ninguém Vê da Eliane Brum), só que ainda não o tinha lido por completo, ontem terminei de lê-lo e as palavras de Eliane ao final do livro foram as que mais me surpreenderam: "Cada Zé é um Ulisses e cada vida uma Odisseia".
Analisei bastante essa frase, e notei que ela resume todo o livro e de fato toda a vida.
Ando tendo algumas confusões dentro de mim, não sei de fato o quê... É como se eu estivesse ansiosa por algo novo, cansada das mesmas coisas sempre. Bom, isso pode ser uma das consequências do pensamento imediatista de nossa geração: a ansiedade por algo novo, mas de qualquer forma acredito que ando tendo momentos de tédio, de puro tédio existencial; a procura de algo que faça realmente minha vida servir de uma boa estória pra contar para os netos e não várias páginas repetidas, não momentos repetidos.
Esse livro me encontrou no momento certo, no momento em que o cansaço me resumia, o cansaço de acordar e saber o que se vai suceder como se de alguma forma eu tivesse o script pronto para aquele dia.
Eu queria (e quero!) o surpreendente, o desconhecido! Quero viver algo novo, passar por situações que nunca passei,ter algum adjetivo adequado pra definir minha trajetória... De fato antes desse livro acreditava que minha vida fosse a mais ordinária e comum de todas, mas consegui entender um princípio importante: cada vida é simplesmente extraordinária, somos tão iguais quanto diferentes, tão comuns quanto singulares! Estava cansada de habitar no pluralismo, queria que alguém me visse com um olhar diferente, mais que isso; queria me ver sob uma nova ótica.
Outra coisa que aprendi: o olhar diferenciado.
Olhar para as coisas de forma diferente é nada mais do que desconfiar do óbvio, não ter medo de sair de nossas redomas rotineiras... Encarar o novo!
Minha vida é extraordinariamente ordinária, mais um princípio que devo colocar na cabeça, seguir em frente e encarar os mares confusos dessa minha Odisseia.
LER O TEXTO AO SOM DE: GOOD DAY - PAUL WESTERBERG
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