As vezes não existem motivos específicos.
Simplesmente não estamos bem, não acordamos bem.
É aquela estranha sensação de tédio, angústia e saudade, saudade não sei de quem.
E é nesses momentos, estranhos momentos em que todas as coisas coinscidem a dar errado.
Você põe o pé na rua e começa a chover, a programação da TV torna-se chata, os seus amigos nem se interessam em enviar, ao menos um SMS de "bom dia"...
E nesses dias você tende a irritar-se facilmente com coisas minúsculas, como se fosse um desabafo inapropriado.
Nesses dias as pessoas não entendem você, e nem ao menos você se entende.
É uma exatidão de si mesmo que nos transcorre, uma exatidão confusa... Sem explicações você tem certeza de quem é, e essa certeza quase que absoluta amedronta e machuca.
Ou, há casos, de uma total incerteza das coisas; você não sabe o que sente, mas sente algo, você não sabe quem é, mas tem certeza de que aquela dúvida faz parte de sua essência.
Dias confusos... Tédio?
Dias estranhos... Estado de espírito?
E é exatamente nesses momentos de aparente crise existencial que precisamos de colo, de carinho, de atenção...
Você se acostuma tanto a ser a torre forte dos outros, a perguntar se eles estão bem, a dar conselhos, a abraçar forte enquanto choram... Que as pessoas também se acostumam a ter essa imagem sua e a inconscientemente te machucarem com a ausência, com a indiferença... Então você se sente traído e abandonado.
Muitas vezes você só precisa de um abraço.
Um abraço apenas, um "Você está bem?", uma piada sem graça para rir por misericórdia...
Muitas vezes você só precisa deixar de precisar sempre de si mesmo pra enfrentar suas guerras.
Muitas vezes você só precisa do outro.
Dias Confusos... Dias Estranhos...
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Thaínes Recila. Tecnologia do Blogger.
1 comentários:
Aii! Sem palavras Réh! É isso tudo e até mais um pouco...
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