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"Eu rabisco o sol que a chuva apagou..."

Hoje acordei com uma vontade de viver! 
Não sei se isso é comum, mas abri a janela e vi aquele sol forte queimando minha pele, contrastando o amarelo com o azul do céu.
Comecei a escutar algumas músicas aqui nos meus arquivos e fiquei ouvindo uma música secular chamada Giz - Legião Urbana. Parei, e pensei.
O estranho é que a letra falava basicamente sobre isso, mas de forma antônima... Quando em dia de chuva queremos rabiscar o sol.
Fique a matutar: Será que minha alegria depende do clima, depende se o sol vai ou não brilhar?

Sempre temos a ideia de felicidade assim: os dias claros, azuis e bonitos, onde os pássaros cantam e você corre entre as flores enquanto sente na pele o queimor do sol amarelo.

Mas o que dizer dos dias de chuva?
Quando não há um sol amarelo queimando sua pele, quando o azul do céu converte-se para o cinza e parece até que os pássaros se escondem? Porque escolhemos ficar em casa, enrolados no cobertor tomando sorvete e escutando alguma balada triste?

Aprendi lendo o livro "Uma Vida Com Propósitos" - Rick Warren, que Deus nos faz amadurecer certas atitudes quando o momento quer que façamos o contrário. E essa música me confirmou esse pensamento.

A felicidade de verdade não é aquela que depende de uma sexta-feira bonita, cheia de vida, recheada por momentos bons. Não. É bem mais do que isso. Ser feliz é rabiscar o sol que a chuva apagou. Recomeçar, sorrir em meio aos tempos chuvosos da vida.
É abrir a janela e vê um vendaval, mas mesmo assim respirar aliviado e perceber que há beleza até nos momentos que "não são bonitos".

Ser feliz é viver os dois lados da existência: o denotativo e o conotativo com excelência. Posso estar feliz enquanto realmente chove, e posso ficar angustiado em um dia ensolarado.

Não depende de climas... Nem de momentos...

Ser feliz é a motivação de se levantar da cama e se dizer um vencedor só por estar existindo. Porque essa é a maior prova de amor que Deus nos deu: viver! 

É tentar sorrir em todos os tempos, voar nas asas dos sonhos sem tirar os pés do chão.

Definitivamente, é rabiscar o sol que a chuva apagou.



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